04 janeiro 2007

Zero 7, Fragile State e Neil Cowley

Neil Cowley decidiu assumir uma nova faceta. Em trio, acaba de surgir por aí um registo do teclista que assinala a sua entrada no mundo do jazz. Diz quem já escutou, que se trata de uma surpresa positiva. As referências que se podem ir lendo confirmam esta avaliação e estabelecem semelhanças com o trabalho do pianista Esbjörn Svensson. Sendo assim, fiquei alerta e com o apetite aguçado para, assim que houver oportunidade, colocar as mãos em cima de um exemplar e escutá-lo. Enquanto essa hora não chega, vale a pena assinalar o anterior registo de Cowley, sob a designação de Pretz. Trata-se de Soundcastles, um álbum carregado de piano eléctrico, com aquela sonoridade que se pode encontrar nos discos dos Zero 7 ou dos Fragile State. Não é de admirar que assim seja e que as faixas evoquem, irremediavelmente, estes dois nomes da pop electrónica. Neil Cowley, como é devidamente sublinhado na capa deste disco, foi teclista dos primeiros e fundador dos segundos, percebendo-se, agora, quão influente foi o seu trabalho em ambos os projectos. O teclista assegura a produção, a composição e todos os instrumentos utilizados em Soundcastles, excepto a guitarra presente nalguns dos temas. É um bom disco e, a ser gravado pelos Zero 7, teria sido um melhor sucessor de When It Falls do que The Garden.