01 dezembro 2006

Os detalhes de Judee Sill

O nome Judee Sill é daqueles que não desperta qualquer reacção no comum dos mortais, a não ser, talvez, estranheza. Sill é uma daquelas cantautoras dos anos 70 que mereceu elogios quando da edição dos dois únicos álbuns que gravou, mas que não conseguiu obter sucesso comercial que expressasse um nível semelhante de reconhecimento da parte de audiências mais alargadas. Não foi caso único. Antes de entrar pela primeira vez num estúdio de gravação, tinha já escapado às garras da heroína. Depois de ter editado o seu segundo disco, Heart Food, deixou-se apanhar novamente nas malhas apertadas da toxicodependência que havia de lhe tirar a vida quando aquela década se aproximava do fim. Carole King e Joni Mitchell são os dois pontos de referência habitualmente apontados quando se trata de tentar situar a música de Judee Sill. A curta obra que legou não tem nada de particularmente inovador, nem essa seria a intenção, mas nos terrenos da folk-pop semeou uma mão cheia de canções cuidadas ao detalhe. Rezam as crónicas que Sill podia consumir um ano inteiro antes de dar por terminada uma composição. De Heart Food, destacam-se There's a Rugged Road, Down Where the Valleys are Low, The Phoenix e When the Bridegroom Comes.