30 novembro 2006

Cem metros barreiras

Aqui há dias, em conversa com alguém que acabara de revelar a sua faceta de melómano, troquei informações sobre os músicos e os discos que nos foram escancarando as portas do jazz. Entre muitas outras referências, chegámos à conclusão que partilhávamos uma especial predilecção por um álbum de 1978. Tratava-se de Surge, do New York Jazz Quartet, gravação a que costumo deitar a mão quando estou perante alguma personagem que, regra geral por desconhecimento, se mostre relutante em relação à possibilidade de o jazz também poder ser música acessível. As complexidades do free e do avant-garde afastam os espíritos mais preguiçosos e, nestas alturas, é preciso usar alguma pedagogia. O tema de abertura, que ostenta o título do álbum, é tiro e queda. É veloz, fica no ouvido e inclui solos de flauta, piano, bateria e saxofones alto e soprano que não dão descanso, mas que também não cansam. O tema parece ter sido inventado precisamente para acorrer a estas situações em que é preciso derrubar barreiras. Sob o ponto de vista da eficácia, posso afiançar que Surge tem provas dadas.

2 Comments:

Blogger fabiodasil said...

cheguei ao teu blog pela joanna newsom, quando vagueava pela web à procura de reacções ao novo album. boa surpresa, gostei muito do blog. vou passar por aqui regularmente :D

oiço muita música, mas por alguma razao desconhecida nunca me virei para o jazz, se be que a curiosidade esteve sempre cá. vou ouvir este album. este album, por acaso. ;)

10:10 da tarde  
Blogger J. said...

Obrigado pela referência. Surge é um bom começo, entre muitas outras possibilidades. Boas audições :)

6:23 da tarde  

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