26 dezembro 2007

Homenagem a Oscar Peterson

Oscar Peterson não ficará para a história do jazz como um inovador, capaz de rasgar fronteiras e desbravar novos terrenos. E essa foi uma reserva que muitas vezes foi colocada à sua obra. Faria algum sentido torcer o nariz se Peterson não fosse um pianista fenomenal, concentrado no mainstream, é certo, mas dotado de um soberbo talento como executante e de uma emotividade contagiante. Tenho vários discos deste gigante do jazz do século XX e hoje, que decidi escrever um texto a propósito da sua morte, senti dificuldade em escolher um que pudesse servir de homenagem à sua obra. Por fim, decidi-me por Night Train, de 1962, em que actua na companhia de dois dos músicos com quem fez um dos seus mais famosos trios: Ray Brown, no contrabaixo, e Ed Thigpen, na bateria. A excelência morava aqui.