10 julho 2007

Viva Binney!

Acabei de descobrir que, apesar de ser um seguidor atento da sua obra, ainda só citei um disco de David Binney ao longo da vida ainda curta deste blogue. Hoje, apeteceu-me escutar um dos discos deste saxofonista alto. É um daqueles nomes que, habitualmente, está arrumado nos escaparates do jazz contemporâneo. Trata-se de uma classificação como qualquer outra. Serve para uma pessoa se orientar na pesquisa de novidades, realmente novas ou velhas, mas não diz tudo sobre o que se pode encontrar sob aquele rótulo. Binney é um óptimo executante. Mas, muito mais importante, é o facto de as suas gravações serem partilhadas por músicos que, pelo empenhamento que evidenciam, conseguem transmitir a quem os escuta um entusiasmo autêntico pelas composições do saxofonista. É na composição que David Binney mostra o seu melhor. Escutem-se, pelo menos, os temas Lisliel ou Frez, do álbum Welcome to Life, e ficar-se-á a perceber o que quero dizer quando me dou à pretensão de assegurar que Binney é um músico especialmente talentoso no equilíbrio entre a criação de música inovadora, viva, acessível, emotiva, desafiadora para quem a toca e ouve. Viva Binney!