21 junho 2007

Quanto mais velho, melhor?

A propósito de Beatles, Paul McCartney e John Lennon foram os antigos elementos da banda de Liverpool que menos me entusiasmaram no período posterior ao da separação. De forma geral, achei os seus trabalhos insípidos, banais, parecendo que a ambos faltava a sua outra metade. Depois, o excessivo envolvimento das respectivas mulheres nos seus álbuns sempre me pareceu despropositado, dada a total ausência de credenciais musicais de Yoko e Linda. Para completar, os temas em que lançavam farpas e desabafavam ressentimentos contra o ex-parceiro evidenciavam um lado mesquinho que diminuia tudo o que de genial um e outro fizeram nos anos 60. Tudo isto vem a propósito do novo disco de Paul McCartney, Memory Almost Full. Para minha surpresa, é um grande álbum, tem canções à altura dos talentos de melodista do ex-Beatle, sendo que a minha favorita, por agora, é Ever Present Past. Fico satisfeito, sempre que um antigo elemento dos Beatles faz um bom álbum, o que foi relativamente raro desde a sua separação.