
Já que falamos de mestres, aqui fica, também, uma referência a Miles Davis. Sou um entusiasta do seu primeiro quinteto histórico, não gosto de tudo o que fez o segundo - quando Miles se ligou à electricidade e fez a fusão entre jazz e rock - e, por fim, tenho muitas reservas em relação àquilo que produziu já na derradeira fase da sua carreira. Mas entre o que, neste período, fez nas gravações de estúdio e o que evidenciou ao vivo, há diferenças de relevo.
We Want Miles é um bom exemplo. É uma das gravações que marca o regresso do trompetista à actividade, depois de uma interrupção que coincidiu com a segunda metade dos anos 70, e mostra-o de volta à boa forma.
Jean-Pierre, com a sua melodia simples e amiga do ouvido, é um dos momentos incontornáveis, a par de
Back Seat Betty e
My Man's Gone Now. Embora não se inclua entre os grandes "clássicos" gravados sob a sua liderança,
We Want Miles merece um lugar especial na discografia do trompetista.
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